quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Palavras do Padre Sandro


Queridos, vamos falar sobre política. Logo teremos eleições municipais. Que ninguém fuja da responsabilidade cidadã e cristã de votar, isto é, delegar alguém para agir em seu nome, em nosso nome.

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POLÍTICA é tema apaixonante. Os que gostam e os que não gostam são, cada qual em seu canto, apaixonados. A Doutrina Social da Igreja tem como um dos seus princípios o BEM COMUM. A Política diz respe
ito à ação humana tendente a conseguir a adoção de decisões relacionadas ao governo da sociedade, sua organização e forma de exercício do poder. O homem é um ser político por natureza. Assim, a política é definida como ciência, arte e virtude do bem comum.

Sabemos que o sistema político brasileiro está carcomido pela sua estrutura e pelas peças da adoecida engrenagem. Há muitos "profissionais" atuando para que tudo continue como antes ou um pouco pior que antes, mas, com carinha moderna. Os bispos do Brasil, em mensagem ao povo brasileiro, afirmam que “a educação para a cidadania é processo permanente”. Os cristãos precisam tomar gosto e parte nos grupos de reflexão política.

Também ensinam que, para o cristão, participar da vida política do município e do país é viver o mandamento da caridade como real serviço aos irmãos, conforme disse o Papa Paulo VI: “A política é uma maneira exigente de viver o compromisso cristão ao serviço dos outros” (“Octogesima Adveniens”, 46). Só assim, seremos “fermento que leveda toda a massa” (Gl 5,9).

Resta-me a sensação de que aos poucos as coisas querem mudar, mesmo que os que falam em mudança sejam os de sempre. Que tal, nós eleitores, fazermos a diferença? Não votando simplesmente em "gente nova" ou "de fora", mas votando com consciência e fiscalizando aqueles aos quais atribuímos o direito de administrar ou legislar em nosso nome. Bem ensina a Igreja que "voto não tem preço; voto tem consequência". A indiferença também tem consequência.

Padre Sandro Rogério

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