domingo, 17 de fevereiro de 2013

Homilia para o I Domingo da Quaresma

Foto: Homilia para o I Domingo da Quaresma
Eis-me aqui Senhor, envia-me! (Is 6,8)

Queridos irmãos e irmãs!

Estamos iniciando o tempo da quaresma, tempo em que somos convidados a refletir sobre a vida, a missão, a morte e a ressurreição de Jesus. Tempo de refletirmos sobre a esmola, a oração e o jejum, estes três exercícios espirituais que nos levam àquilo que é central em nossa fé e adesão a Jesus: o amor a Deus, ao próximo e a nós mesmos. 
Neste tempo, vivemos o privilégio de celebrar a CF como tempo forte proposto a nós pela Igreja no Brasil. Nosso tema este ano coincide com o grande acontecimento da Igreja do mundo inteiro a realizar-se no Rio de Janeiro, a Jornada Mundial da Juventude Rio 2013. Na Campanha da Fraternidade deste ano, somos chamados a refletir com nossos jovens suas alegrias e angústias, sua vocação e missão no mundo: Jesus Cristo chama e capacita o jovem para a missão e ouve sua resposta: Eis-me aqui, envia-me!
A primeira leitura, tirada do livro de Deuteronômio (Dt 26,4-10) nos lembra o que é essencial na quaresma: colocar-nos diante de Deus do jeito que somos e com o que somos e temos. A palavra de Deus não está congelada no tempo em que foi escrita. Ela é viva, atuante e atual. Também nós, digamos hoje: 'Meu pai era um arameu errante... Os egípcios impuseram dura escravidão sobre nós... Javé ouviu a nossa voz, viu nossa miséria, nosso sofrimento e nossa opressão e nos tirou do Egito com mão forte e braço estendido’.  Começamos a quaresma retomando a realidade destes três verbos que mostram a ação permanente de Deus em nossas vidas. Deus ouve nossa voz, vê nosso sofrimento e ‘desce’ para nos tirar da situações que nos negam vida plena e abundante porque foi para isso que nos criou (Jo 10,10). Diante desta ação amorosa de Deus, colocamos o que somos, o que queremos e o que temos e nos prostramos: eis-me aqui senhor!
Muitos jovens são assassinados por dia no Brasil e muitos são empurrados para situações onde a vida é negada por falta de oportunidades, por carência de políticas públicas que lhes contemplem. Diante do mundo que criminaliza a juventude e que muitas vezes lhe nega a possibilidade da vida plena com seus direitos e deveres, a Igreja tem a obrigação de oferecê-la ao Senhor como fruto de sua ação.
Tem também a obrigação evangélica de acolher a juventude com seus desafios, sonhos, valores, problemas e potencialidades. Como Javé deve Ouvir, Ver e Descer ao encontro dela.

O Evangelho nos relata a provação pela qual cada um de nós passa a cada dia. Relata em especial a tentação de Jesus no deserto e o caminho deixado por Ele para vencermos nossas tentações diárias. O texto fala do diálogo entre o Diabo e Jesus. As tentações de Jesus são as nossas. Jesus renuncia à vida fácil e ao poder, dando-nos claro exemplo de que a vida vale à pena ser vivida com simplicidade e como resposta ao grande amor que Deus nos dá a cada dia. 
Neste tempo da quaresma que é também tempo de Campanha da Fraternidade coloquemos nossa juventude para nos indicar caminhos. Saiamos da tentação de que o jovem deve ouvir a nós adultos, que ele deve nos ver como exemplo, que tem de vir até nós para encontrar o caminho certo. Façamos o caminho inverso que temos feito como adultos. Precisamos ouvir, ver e caminhar ao encontro da juventude. 
Este tempo de quaresma será adequado para atestarmos que com este gesto aprenderemos muito com a juventude que quer espaço para ser o que é e para colocar-se do seu jeito diante de Javé, com seus frutos, suas flores, com sua peculiaridade, com suas limitações e potencialidades, mas, para dizer a partir dela e à maneira dela: Eis-me aqui Senhor, envia-me! (Is 6,8)
Para coroar nossa reflexão, aproximemo-nos daquilo que nos diz o apóstolo Paulo a respeito da universalidade da salvação. Não caiamos na tentação de achar que somos os melhores e os mais importantes para Deus. Para ele, não há distinção de pessoas: ele é o Senhor de todos, rico para com todos aqueles que o invocam.
Construamos o que Jesus tanto nos pediu. Para isso, recorramos novamente à juventude que sabe, guiada pelo espírito de Deus criar a comunhão a partir do acolhimento, da alegria e da generosidade. 
Aproveitemos o espírito da Quaresma e da Campanha da Fraternidade e com os jovens, nos despojemos de nossos preconceitos e de tantas normas e regras para dizer com liberdade: 
Eis-me aqui Senhor, envia-me! (Is 6,8)

Pe. Marcos Paulo Cestare de Souza
Administrador Paroquial

Eis-me aqui Senhor, envia-me! (Is 6,8)

Queridos irmãos e irmãs!

Estamos iniciando o tempo da quaresma, tempo em que somos convidados a refletir sobre a vida, a missão, a morte e a ressurreição de Jesus. Tempo de refletirmos sobre a esmola, a oração e o jejum, estes três exercícios espirituais que nos levam àquilo que é central em nossa fé e adesão a Jesus: o amor a Deus, ao próximo e a nós mesmos. 
Neste tempo, vivemos o privilégio de celebrar a CF como tempo forte proposto a nós pela Igreja no Brasil. Nosso tema este ano coincide com o grande acontecimento da Igreja do mundo inteiro a realizar-se no Rio de Janeiro, a Jornada Mundial da Juventude Rio 2013. Na Campanha da Fraternidade deste ano, somos chamados a refletir com nossos jovens suas alegrias e angústias, sua vocação e missão no mundo: Jesus Cristo chama e capacita o jovem para a missão e ouve sua resposta: Eis-me aqui, envia-me!
A primeira leitura, tirada do livro de Deuteronômio (Dt 26,4-10) nos lembra o que é essencial na quaresma: colocar-nos diante de Deus do jeito que somos e com o que somos e temos. A palavra de Deus não está congelada no tempo em que foi escrita. Ela é viva, atuante e atual. Também nós, digamos hoje: 'Meu pai era um arameu errante... Os egípcios impuseram dura escravidão sobre nós... Javé ouviu a nossa voz, viu nossa miséria, nosso sofrimento e nossa opressão e nos tirou do Egito com mão forte e braço estendido’. Começamos a quaresma retomando a realidade destes três verbos que mostram a ação permanente de Deus em nossas vidas. Deus ouve nossa voz, vê nosso sofrimento e ‘desce’ para nos tirar da situações que nos negam vida plena e abundante porque foi para isso que nos criou (Jo 10,10). Diante desta ação amorosa de Deus, colocamos o que somos, o que queremos e o que temos e nos prostramos: eis-me aqui senhor!
Muitos jovens são assassinados por dia no Brasil e muitos são empurrados para situações onde a vida é negada por falta de oportunidades, por carência de políticas públicas que lhes contemplem. Diante do mundo que criminaliza a juventude e que muitas vezes lhe nega a possibilidade da vida plena com seus direitos e deveres, a Igreja tem a obrigação de oferecê-la ao Senhor como fruto de sua ação.
Tem também a obrigação evangélica de acolher a juventude com seus desafios, sonhos, valores, problemas e potencialidades. Como Javé deve Ouvir, Ver e Descer ao encontro dela.

O Evangelho nos relata a provação pela qual cada um de nós passa a cada dia. Relata em especial a tentação de Jesus no deserto e o caminho deixado por Ele para vencermos nossas tentações diárias. O texto fala do diálogo entre o Diabo e Jesus. As tentações de Jesus são as nossas. Jesus renuncia à vida fácil e ao poder, dando-nos claro exemplo de que a vida vale à pena ser vivida com simplicidade e como resposta ao grande amor que Deus nos dá a cada dia. 
Neste tempo da quaresma que é também tempo de Campanha da Fraternidade coloquemos nossa juventude para nos indicar caminhos. Saiamos da tentação de que o jovem deve ouvir a nós adultos, que ele deve nos ver como exemplo, que tem de vir até nós para encontrar o caminho certo. Façamos o caminho inverso que temos feito como adultos. Precisamos ouvir, ver e caminhar ao encontro da juventude. 
Este tempo de quaresma será adequado para atestarmos que com este gesto aprenderemos muito com a juventude que quer espaço para ser o que é e para colocar-se do seu jeito diante de Javé, com seus frutos, suas flores, com sua peculiaridade, com suas limitações e potencialidades, mas, para dizer a partir dela e à maneira dela: Eis-me aqui Senhor, envia-me! (Is 6,8)
Para coroar nossa reflexão, aproximemo-nos daquilo que nos diz o apóstolo Paulo a respeito da universalidade da salvação. Não caiamos na tentação de achar que somos os melhores e os mais importantes para Deus. Para ele, não há distinção de pessoas: ele é o Senhor de todos, rico para com todos aqueles que o invocam.
Construamos o que Jesus tanto nos pediu. Para isso, recorramos novamente à juventude que sabe, guiada pelo espírito de Deus criar a comunhão a partir do acolhimento, da alegria e da generosidade. 
Aproveitemos o espírito da Quaresma e da Campanha da Fraternidade e com os jovens, nos despojemos de nossos preconceitos e de tantas normas e regras para dizer com liberdade: 
Eis-me aqui Senhor, envia-me! (Is 6,8)

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